terça-feira, novembro 06, 2007

18 de Out 07
Mais de 200 mil Pessoas na Rua!
A Alternativa é Possivel! A Luta é o Caminho!












fotos in: www.dorl.pcp.pt

domingo, outubro 21, 2007

Lembrar Adriano Correia de Oliveira
25 anos após o seu desaparecimento
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A única luta pelo poder em que estou empenhado é a luta para que o povo português tome o poder e que nessa luta tenha um papel determinante a actividade do aparelho político organizado que é o PCP, a que pertenço.

Adriano Correia de Oliveira

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Adriano esteve desde cedo e até à morte com aqueles para quem a liberdade se concretiza em metas como a abolização da exploração pela mais-valia, a libertação da terra latinfundiária, a realização pragmática, e até constitucional, das melhores virtualidades humanas, individuais e colectivas, e como autêntica autodeterminação nacional, na economia e na cultura. (...)
Encontramos a mais íntima associação entre o amor, o companheirismo caloroso, a devoção pátria e a solidariedade com o povo explorado, a solidariedade com a mó de baixo, que é sempre a mais consequente denúncia em qualquer processo histórico.

Óscar Lopes

quarta-feira, outubro 17, 2007

A ESTRELA SOLIDÁRIA

O Sol, indiferente, como se de um deus se tratasse, carregava violentamente sobre os seus insignificantes súbditos que, perante Ele, o idolatram e lhe suplicam misericórdia; os súbditos, esses, são almas simples, vagueando nas suas complexas tarefas terrenas no mundo dos Homens. Fosse o local outro e até se poderia dizer que estava um belo dia, mas o dia, ou melhor, o local, não estava para proferir essa observação. Neste local, bem lá em baixo (ou em cima, depende), na terra, no mundo dos Homens e das almas, o ambiente era de tensão, muita tensão; e o Sol, esse, continuava muito distante e, ao mesmo tempo, perto demais, exercendo as suas funções de Ser omnipresente e omnipotente, para uma vez mais ser testemunha da maldade das almas, mas sabe que não foi ele que a criou, e dai “limpa as suas mãos” – já diria o outro –, e continua cumprindo-se no seu propósito. No chão, perto de um pequeno, velho e pobre armazém pré-fabricado, cai uma pequena folha, levada ou trazida pelo vento, dependendo da perspectiva de quem de um lado ou de outro se coloca – tivesse ali alguém passado e teria lido nessa: 9 de Outubro. À folha, e depois de ser pisada por um pequeno pé, o vento trata de a levar de novo, numa viagem que só o Sol poderá testemunhar o destino. Primeiro, um pé e depois o outro, primeiro, uma pancada seca e depois outra, e assim, neste compasso, até penetrar o barraco; entra uma dessas simples almas, como de um autómato se tratasse – certamente, corre para a ordem de outrem, mas a outra tem nome – é Félix Rodriguez – e tem pais, que esse nome lhe deram – a mãe CIA e o pai José Barrientos. Dentro do armazém está escuro, húmido e muito abafado, o cheiro é a madeira podre, em três passos largos, dados já dentro do mesmo, chega o autómato junto de uma outra alma, mesmo agachada, de cabeça entre os joelhos, essa È grande, enorme, gigante, a maior que já viu, pensa este para si mesmo, enquanto tenta dizer algo, mas as palavras teimam em sair do pensamento, parece que perderam a vida, não têm força; tenta, tenta e tenta ainda; e, por fim, trémulo, diz: chegou a hora! Nesse instante, a alma gigante, imóvel, impenetrável, inatingível, nada diz e nada faz; para segundos depois, levantar a cabeça, e com os olhos acompanhar o movimento e a sintonia entre estes, corpo e olhar, é harmoniosa; agora, fixa os olhos do autómato, não diz nada e nada faz, mas continua fixado, os olhos dele nos do autómato, brilham os do outro, gritam amor os deste, aí começam a chorar os do segundo, enquanto, os dele, exaltam amor, humildade, fraternidade e humanidade; o outro não aguenta e sofre, é demasiado para a sua simples constituição e roda sobre si, leva as mãos ao rosto e sai devagar, arrastando os pés num chão empoeirado.


Em poucos segundos, e depois da alma dos recados passar a porta do armazém, de mãos no rosto, num soluçar dizendo: nunca vi nada assim, não é uma alma, não é uma alma, não pode ser, é um Homem, um verdadeiro Homem; num quase imediato, em passos mais destemidos, mais secos, mais violentos, seguindo-se uns aos outros, avança a alma de Félix Rodriguez, carrega consigo algo, algo que parece confortar nos seus braços. O tempo parece abrandar, agora tudo corre num movimento lento; e aí, estivessem atentas, as outras almas ali fora presentes, não fosse a tensão em que estão embebidos distrai-los, e teriam reparado num momento em que um raio do Sol incide directamente sobre o relógio no pulso da alma andante carregando algo em braços, e fosse a visão a de uma águia que por ali voava, a deles, reparavam nas horas que este marcava: doze horas e trinta minutos ou, diriam outros, meio-dia e meia. O tempo parece avançar devagar, menos a vontade e a ganância de Félix Rodriguez; mesmo quando sente o cheiro a madeira apodrecida, quando alcança o interior do armazém, não cede ao olfacto que pede que abrande, vai decidido, pensa que ninguém o pode demover da tarefa que seus pais o incumbiram de realizar, sente-se demasiado orgulhoso de si mesmo para abrandar, considera-se um digno carrasco, está sedento de morte, de sangue, de tirar vidas. O tempo, que caminhava lento no seu percurso, agora pára, como se os relógios do tempo tivessem parado, o tempo cessou – diria alguém –, e a alma que Félix Rodriguez pensaria encontrar sentada, de cabeça baixa, tremendo de medo, implorando por misericórdia, como, aliás, quase sempre encontrara as suas vitimas, está de pé, de pé como um cavalo, hirto como uma estátua, calmo e sereno como uma árvore de ramos esvoaçando ao vento, de cabeça levantada, mas nada diz e nada faz, olha apenas, penetra nos olhos de Félix Rodriguez e rosna bravura, coragem e um destemor de impressionar até mesmo uma pedra; e nada diz e nada faz. Noutro instante, em que o tempo volta a andar e a fazer o seu percurso, aguarda, só resta aguardar que se cumpra a sua premonição – Se tenho que morrer será nesta caverna (...). Morrer, sim, mas crivado de balas, destroçado pelas baionetas. Uma recordação mais duradoura do que o meu nome, é lutar, morrer lutando.

Depois de uma rajada de tiros que revelavam o algo que Félix Rodriguez trazia em braços e de um largo tempo aguentado em pé, cai, durou a cair, mas cai, o corpo cede, do corpo cravado de balas e de buracos sai, agora, sangue, num mais puro dos vermelhos, imaculado, livre de impurezas, limpo como a mente que ali se vai apagando, devagar, devagar, lentamente como o tempo que volta, nesse instante, novamente a abrandar; e já o corpo cedera, cede por fim a mente, cessa o pensamento, mas os olhos, esses, continuam exprimindo e relembrando a Félix Rodriguez, incapaz de deixar de olhar, que a coragem, a resistência e a luta só têm uma cor, e essa cor é o vermelho do sangue, a cor rubra, a cor do coração, da carne, do amor, da paixão, da justiça, da verdade e da liberdade; e, noutro instante, o tempo volta de novo ao seu caminho, caminhando, caminhando.


Caminhando, o tempo percorreu o espaço, ora umas vezes mais lento, ora umas vezes mais rápido, caminhou quarenta anos e sempre a seu lado, companheiro e camarada, esteve o Sol; os dois são as únicas e eternas testemunhas dos passos dos homens, da vida, da morte no palco da terra; e quarenta anos volvidos, os dois inseparáveis, o Tempo e o Sol, testemunham mais uma vez, e sempre, a força da coragem, da resistência e da luta de que os Homens gigantes são capazes perante almas tão pequenas.
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Por seu lado, o Sol, essa gigante estrela solidária, enquanto o seu Fidel amigo, o Tempo, existir (que será até à eternidade), nascerá todos os dias, para todos, e a todos dirá sempre, nessa alvorada, Olá!, ou como preferimos, no espanhol argentino, Che!...Che!...Che!

¡Hasta La Victoria, Siempre!
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¡Hasta Siempre Comandante!
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por Gonçalo Tomé (Koba)

terça-feira, outubro 09, 2007

Passam hoje 40 anos após o desaparecimento de Ernesto "Che" Guevara
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"Che" um Homem de luta de classes.
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"Che" acreditou numa America Latina diferente - Socialista, livre das forças opressoras dos povos - do Imperialismo Norte-Americano. Lutou por esses ideais e por eles morreu assassinado na Bolivia. O seu exemplo de luta e ideais é claro e evidente em todo o Mundo. No entanto, é em Cuba e cada a vez mais por toda a America Latina, que ganha maior expressão - onde os povos resistem e avançam rumo ao socialismo, rumo a um mundo melhor.
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Aprendimos a quererte
desde la histórica altura
donde el sol de tu bravura
le puso un cerco a la muerte.
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Aquí se queda la clara,
la entrañable transparencia,
de tu querida presencia
Comandante Che Guevara.
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Tu mano gloriosa y fuerte
sobre la historia dispara
cuando todo Santa Clara
se despierta para verte.
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Aquí se queda la clara,
la entrañable transparencia,
de tu querida presencia
Comandante Che Guevara.
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Vienes quemando la brisa
con soles de primavera
para plantar la bandera
con la luz de tu sonrisa.
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Aquí se queda la clara,
la entrañable transparencia,
de tu querida presencia
Comandante Che Guevara.
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Tu amor revolucionario
te conduce a nueva empresa
donde esperan la firmeza
de tu brazo libertario.
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Aquí se queda la clara,
la entrañable transparencia,
de tu querida presencia
Comandante Che Guevara.
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Seguiremos adelante
como junto a ti seguimos
y con Fidel te decimos:
Hasta siempre Comandante.
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Aquí se queda la clara,
la entrañable transparencia,
de tu querida presencia
Comandante Che Guevara.
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(Carlos Puebla, 1965)


Hasta Siempre!

sábado, setembro 22, 2007

O posto de trabalho de 200 trabalhadores está ameaçado

A Empresa A.A.Silva, fabricante das baterias da marca Autosil, sendo a única no país que fabrica baterias destinadas à indústria automóvel, é uma empresa estrategicamente com grande importância no país e no concelho Oeiras. No entanto, por práticas danosas da administração, esta está a colocar o posto de trabalho de 200 trabalhadores sob ameaça.

Tendo em conta que os trabalhadores não podem ser penalizados nos seus direitos, designadamente no seu direito constitucional ao trabalho, a Comissão Concelhia de Oeiras do Partido Comunista Português manifestou em comunicado aos trabalhadores a “solidariedade com os trabalhadores da Autosil e a sua disponibilidade para desenvolverem as acções adequadas, na Assembleia da República e Assembleia Municipal, no sentido de:
* Defender o aparelho produtivo;
* Defender a produção Nacional;
* Defender os postos de trabalho;
* Defender os direitos dos trabalhadores.”

Uma delegação do PCP, com representantes da Comissão Concelhia de Oeiras, do Grupo Parlamentar da Assembleia da Republica – deputado Miguel Tiago, e da bancada da CDU na Assembleia Municipal de Oeiras, esteve presente no Plenário realizado à porta da Empresa, no passado dia 20 de Setembro, para demonstrar os trabalhadores a sua solidariedade.

A Luta Continua!

Temos mesmo que defender como diz o comunicado do PCP o Aparelho Produtivo, a Produção Nacional, os Postos de Trabalho e os Direitos dos Trabalhadores. Porque se a Empresa está mal, foi porque a Admnistração teve uma gestão desastrosa, e não por culpa dos trabalhadores, desta forma o seu posto de trabalho e direitos têm de ser garantidos. Mesmo em termos estrategicos para o desenvolvimento do País o encerramento a curto ou medio prazo desta Empresa é negativo, pois é a unica que fabrica baterias em Portugal. Ora encerrando esta empresa toda a produção deste tipo será estrangeira o que implicará mais custos para o país e para os portugueses. desta forma o Governo deveria agir. Mas isto segue as orientações da politica capitalista, que promove o desmantelamento do aparelho produtivo nacional e deixa Portugal nas mãos do capital estrangeiro.

A Luta Continua!

Hasta Siempre!

terça-feira, setembro 18, 2007

Para o Futuro

Durante um minuto, por de trás de uma bancada, repleta de artesanato oriental, mais concretamente do Sudoeste asiático, observamos as pessoas a passarem e a passearem. Umas param e põem-se à conversa connosco que, naquele instante, desempenhamos funções diferentes das deles naquele espaço; outras continuam, como que nada os demovesse e arredasse dos objectivos e destinos que traçaram para si mesmos naquele minuto. Quer uns quer outros, riem, numa alegria descomprometida e livre. Alguns calha (por que não podem olhar em todas as direcções, pois, lagartos não são) olharem para nós em expressões de simpatia e empatia, como se em nós os vissem a eles mesmos, embora, naquele momento, os papéis tenham trocado. Nas suas mais autenticas e simples expressões, de olhos abertos e sinceros, de dentes visíveis e extrovertidos, sente-se o amor livre de complexos e de exigências, num mais puro sorriso e verdadeiro olhar, mesmo que de relance, mesmo que longe de um imenso tempo despendido ao mesmo, sente-se, no tempo, e naquele espaço, a eternidade da sua existência.
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Mesmo que sempre lá tivesse estado, o calor aparece, e mesmo que atrás de uma bancada coberta por toldos abrigados estejamos, a temperatura abrasadora obriga-nos a pensar nele e a ele repelir com pensamentos breves, mas que, por curtos segundos, nos tiram as ideias e pensamentos daquilo que antes contemplávamos e adorávamos.
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Os que param, há os que perguntam quanto custa ou os que questionam de onde é, há um pouco de todas as questões que se fazem entre aqueles que pretendem vender e aqueles que perspectivam comprar. Mas ambos sabemos, eles e nós, que para isso ali não estamos; estamos para amar a Festa da relação estreita com o semelhante, com o igual, com o comum. Nesses pequenos instantes, acontece muito e muita coisa para se registar em forma (ou substancia, quem sabe?) de sentimentos e pensamentos a que estes nos obrigam.
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Já o calor, velozmente, foi desviado do pensamento, calha agora reparar no som geral que é projectado no espaço. O som é música para nutrir e exaltar a alma. Soa tal como a um sonhador que repara que de um sonho não se trata, mas dá conta, sim, da real realidade. Soa a fantasia e a sonho, mas não é. É certo, é real, e a mente isso sabe, e isso conta ao coração. O coração pula, não só por um simples movimento repetido e mecanizado, mas por exaltação ao espírito fraterno que invadiu o seu funcionamento. Ele salta e, ao mesmo tempo, grita amor, amor, amor. E cada batida, cada pulo, é um salto para a liberdade de amar, de viver, de querer ser feliz. É um pulo para tudo o que estes seres querem ser e o que querem que todos queiram que sejam – livres de toda a espécie de prisão à razão da sua existência. Razão livre e contra toda a força que quer ditar outros destinos, outras histórias, outras vidas, outras liberdades, outros sonhos, outras realidades. É um pulo para Avante de todas essas coisas más, que aos Homens querem fazer. É um pulo para o futuro, para um belo futuro, mesmo que num só minuto.

por Gonçalo Tomé (Koba)

domingo, setembro 16, 2007

Festa do AVANTE 2007 (I)

Os pauliteiros de miranda
Dançar ao Sons da Fala
Foi o delirio com a Kumpania Algazarra

Somos muitos, muitos mil, para continuar Abril...

O amor fraterno
A criatividade revolucionária

O misto geracional... curtir ao som de anti-clockwise

vai um paozinho com chouriço???

E um espetada da Madeira???

A Madeira representada...


Sabias palavras, as do Alvaro...

As reinvidicações na parede.

A força dos bombos...

A luta é o caminho... com o pcp reforçado o futuro é melhor...

O terminar dum dia de Festa...

Também lá andavam cabeçudos...

Toca a rufar

Festa do AVANTE 2007 (II)
A Ciência na Festa do Avante

Exposição sobre os Transportes

Olha o fogareiro

Espaço Internacional - Os gaiteiros da Galiza

Espaço Internacional - A Delegação da Bolivia (Felix, Vitória e Ernesto)

Espaço Internacional - O Stand da Bolívia

Espaço Internacional - mais um passo rumo ao socialismo

Espaço Internacional - camaradas do Sahara Ocidental

Festa do AVANTE 2007 (III)



A criança também tem direitos

O Espaço da Criança

slide no Avante

O desporto esteve presente na Festa...

Os futuros campeões Paralimpicos
O desporto adaptado presente no Avante - Bocia

A cada novo assalto a cada escalada fascista subirá sempre mais alto a bandeira comunista!

Grande Comicio


Avante Camarada!

Para o ano há mais...