quinta-feira, abril 26, 2007

Somos Muitos Muitos Mil
Para Continuar Abril!



Na passada 4ª feira, no grande desfile de comemoração da Revolução dos Cravos, na Av. da Liberdade, em Lisboa, foram muitos milhares os que sairam à rua para festejar este dia, mas a cima de tudo para festejar e lutar pelos ideais que tiveram na sua essencia. Agora, mais do que nunca, temos que assinalar esta data que marcou o fim do regime fascista em Portugal. Não podemos deixar passar o branqueamento que andam a fazer dos 48 anos de ditadura fascista que houve em Portugal. Se é certo que alguns de nós (cerca de 3 milhões que nasceram depois) não passaram por esse tempo, também é certo que só não o passamos porque houve quem sofresse e até morresse, mas que resistisse e lutasse por uma sociedade diferente. Alcançada a LIBERDADE não a podemos dar por garantida, pois ela constantemente é ameaçada. Temos que a defender! E a melhor maneira de defender a Liberdade é exercendo os direitos que esta nos garantiu!
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Viva a Liberdade e a Democracia!
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Viva o 25 de Abril!
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Viva a Revolução!

domingo, abril 08, 2007


Agora que estamos em Abril...

O 25 de Abril e o 1.º de Maio são duas datas inseparáveis, para o povo português, e as quais devemos sempre comemorar.

Inseparáveis, porque é inegável o carácter decisivo das lutas travadas pelas massas trabalhadoras no combate ao regime fascista e porque é inegável também que foi igualmente decisivo para a consolidação do levantamento militar, o levantamento dessas mesmas massas, que saíram para a rua no próprio 25 de Abril, definindo-o como o Dia da Liberdade, e 6 dias depois, no Dia do Trabalhador, conferindo à liberdade conquistada uma dimensão de classe.

Dimensão de classe que transformou este processo revolucionário em questões concretas, como: o fim da Guerra Colonial e a independência dos países ocupados; o fim do capital monopolista com as nacionalizações; o fim do latifúndio com a Reforma Agrária; a escola pública, gratuita e de qualidade como direito universal, o acesso à saúde e à segurança social.

Com Abril os trabalhadores, as mulheres, os jovens e as camadas da população mais desfavorecidas conquistaram direitos e benefícios sociais.

Abril é uma Revolução inacabada. Abril permitiu um avanço profundo na sociedade portuguesa, colocou metas de progresso, mas que foram e são sucessivamente retiradas.

Continuar com muita força a comemorar Abril e Maio, não é só não esquecer, é também lutar por uma outra sociedade, porque o povo unido jamais será vencido.

Catarina Antunes

Texto produzido em 2005 aquando do Almoço de Comemoração do 25 de Abril e 1.º de Maio organizado pela JCP/Oeiras, em Tercena, e que contou a grandiosa presença do General Vasco Gonçalves (cerca dum mês antes da sua partida).
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Hasta Siempre

quarta-feira, abril 04, 2007

A bandeira comunista
José Carlos Ary dos Santos

Foi como se não bastasse
tudo quanto nos fizeram
como se não lhes chegasse
todo o sangue que beberam
como se o ódio fartasse
apenas os que sofreram
como se a luta de classe
não fosse dos que a moveram.
Foi como se as mãos partidas
ou as unhas arrancadas
fossem outras tantas vidas
outra vez incendiadas.
À voz de anticomunista
o patrão surgiu de novo
e com a miséria à vista
tentou dividir o povo.
E falou à multidão
tal como estava previsto
usando sem ter razão
a falsa ideia de Cristo.
Pois quando o povo é cristão
também luta a nosso lado
nós repartimos o pão
não temos o pão guardado.
Por isso quando os burgueses
nos quiserem destruir
encontram os portugueses
que souberam resistir.
E a cada novo assalto
cada escalada fascista
subirá sempre mais alto
a bandeira comunista.