domingo, abril 08, 2007


Agora que estamos em Abril...

O 25 de Abril e o 1.º de Maio são duas datas inseparáveis, para o povo português, e as quais devemos sempre comemorar.

Inseparáveis, porque é inegável o carácter decisivo das lutas travadas pelas massas trabalhadoras no combate ao regime fascista e porque é inegável também que foi igualmente decisivo para a consolidação do levantamento militar, o levantamento dessas mesmas massas, que saíram para a rua no próprio 25 de Abril, definindo-o como o Dia da Liberdade, e 6 dias depois, no Dia do Trabalhador, conferindo à liberdade conquistada uma dimensão de classe.

Dimensão de classe que transformou este processo revolucionário em questões concretas, como: o fim da Guerra Colonial e a independência dos países ocupados; o fim do capital monopolista com as nacionalizações; o fim do latifúndio com a Reforma Agrária; a escola pública, gratuita e de qualidade como direito universal, o acesso à saúde e à segurança social.

Com Abril os trabalhadores, as mulheres, os jovens e as camadas da população mais desfavorecidas conquistaram direitos e benefícios sociais.

Abril é uma Revolução inacabada. Abril permitiu um avanço profundo na sociedade portuguesa, colocou metas de progresso, mas que foram e são sucessivamente retiradas.

Continuar com muita força a comemorar Abril e Maio, não é só não esquecer, é também lutar por uma outra sociedade, porque o povo unido jamais será vencido.

Catarina Antunes

Texto produzido em 2005 aquando do Almoço de Comemoração do 25 de Abril e 1.º de Maio organizado pela JCP/Oeiras, em Tercena, e que contou a grandiosa presença do General Vasco Gonçalves (cerca dum mês antes da sua partida).
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Hasta Siempre

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